quinta-feira, 24 de março de 2011

Enganei-me, ou Me enganaram.

     No começo eu segui um pensamento me fez enxergar do seguinte ponto de vista: - Por que não seguir os degraus naturalmente, ou seja, de um por um? Para que pulá-los?

    Ora, deveria ter se candidatado o a senado pela frente popular o Jorge Viana e a Perpétua, o que seria mais lógico. Ela já e Dep. Federal, bem popular e do jeito que o povo gosta, ela se elegeria facilmente e o Jorge Viana... Há esse dispensa comentários por enquanto, todo mundo já sabia que a vaga dele era segura. Mas então por que o Edvaldo Magalhães? Afinal, para quem e Dep. Estadual fica mais difícil ser eleito Senador. Se fosse o Tiririca eu até ficaria calado, mas aqui a história é outra. Eu ainda acreditava que o Jorge não queria a Perpétua por causa da popularidade da mesma, vai que a votação dela fosse maior que a do Jorge? O risco seria ela ofuscar o brilho dele.
     Quanta inocência a minha hein! Na política e tudo diferente, assim como um campeão de xadrez prevê as jogadas com vinte rodadas de antecedência, assim também faz o bom político, então antes mesmo do jogo começar ele já ganhou a partida.
     Na política o mundo real é diferente do mundo ideal e os interesses são mais fortes do que as alianças e ultrapassam sem pena a fidelidade. E então assim fez Jorge Viana como grande estadista que é, previu com muitas rodadas de antecipação o resultado “inesperado” na urna, mais não para ele. E com o intuito de cortar as asinhas do passarinho PC do B que está crescendo muito dentro do nosso estado, resolveu dar de presente uma derrota para o fiel Edvaldo. E agora na atual conjuntura política fica fácil de explicar. E só que o Edvaldo foi um ótimo Dep. Estadual durante doze anos fez um trabalho belíssimo, foi presidente da Assembléia defendendo os interesses do governo, e então foi feito de tudo para ele chegar ao senado, mais não deu... Fazer o que né?
     E a eleição para prefeito se aproxima dois anos passa voando e o PC do B deve está cansado de ser vice e quer lançar seu próprio candidato, pelo menos é o que todos imaginam. E quem será? O Edvaldo é carta fora do baralho (o homem é ruim de voto). Então sobre Perpétua é claro, pois e preferível ser prefeito que ser Dep. Federal, fica com o executivo todo na mão...
     Mas como ela terá credibilidade e força se ficou em quarta na eleição e se o PC do B do ACRE não tem um Senador para lhe dar cobertura?
     A conversa agora é que depois do susto que Tião Viana levou somada a perda do Edvaldo ao senado e o retorno do horário antigo a oposição esta fortalecida e a vitoria virá na prefeitura de Rio Branco, com “um Petecão bancando” tudo La do DF. Com isso será que o PT correrá o risco de tentar candidatar alguém do PC do B? Claro que não, o risco é muito grande, não vale à pena pagar pra ver! Agora é torcer para que algum Dep. Estadual se destaque e ganhe a confiança do povo, que venha o Pereira (quem sabe).
     Veja só como o quebra-cabeça vai se encaixando bem...
     A sorte ainda é que a oposição de fato e aprova disso foi à falta do terceiro nome na candidatura a governo de nosso estado, faltou um nome para arrancarão menos 5% dos votos, o que levaria o Bocalon ao segundo turno... Assim como Marina levou o Serra!
     Parabéns Jorge Viana, você mais uma vez me surpreendeu. Contudo o que mais me impressiona é que parece que só eu estou enxergando desta forma e eu nem sou cientista político... Cadê os críticos e colunistas do estado, será que ainda não viram isso ou será que apenas preferem não comentar

                                             
                                                                                                              Galileu Filgueiras, em 08/11/2011



segunda-feira, 21 de março de 2011

Revoltados, soldados da borracha dizem que foram usados como moeda eleitoral

Cansados de esperar pela equiparação de suas pensões aos vencimentos dos pracinhas da Segunda Guerra Mundial, os soldados da borracha resolveram protestar contra os políticos que usaram a causa durante suas campanhas políticas.
Reunidos na manhã desta sexta-feira, 18, na sede da associação dos aposentados, um grupo de soldados da borracha e viúvas dos ex-combatentes da selva Amazônica, revelaram toda revolta da categoria com os políticos, que de acordo com eles, usaram a causa como moeda eleitoral.
No Acre, segundo afirmações dos pensionistas, a causa foi explorada ao extremo, com várias reuniões com a deputada federal Perpétua Almeida (PC do B), que obteve o apoio de todos os soldados da borracha e suas famílias, em suas duas eleições para a Câmara Federal, sempre com a promessa da conquista do benefício para os últimos sobreviventes.
Uma das pessoas que demonstrava mais revolta com a atuação da deputada comunista era Dona Edinair Amorim, 79, viúva de soldado da borracha. Segundo ela, em uma das reuniões chegou a presenciar nos bastidores, a parlamentar dizer a seguinte frase: “não sei pra quê estes velhos querem mais de um salário mínimo, já passaram da idade de usufruir de dinheiro”.
“Somos velhos, isso admito, mas o que me revolta é a forma como formos usados para atrair votos para esta deputada”, destaca a viúva Edinair.
Segundo o grupo de pensionistas, eles teriam sido usados e abandonas pela deputada Perpétua Almeida, da mesma forma que foram usados pelo Governo Federal, quando foram trazidos para região Amazônica, sendo entregue a própria sorte.
“Precisamos de dinheiro, sim. Como vamos comprar nossos medicamentos? Envelhecer custa caro, principalmente, porque depois de velhos, geralmente somos abandonados até mesmo pelo poder público”, protesta Oscar Farias, 89.
Os soldados da borracha se dizem cansados de serem usados e manobrados, sempre que os políticos necessitam de visibilidade. De acordo com eles, todas as vezes que se aproxima uma data cívica, recebem a vista dos parlamentares, que afagam, se comprometem, prometem, mas somem sem dar qualquer notícia.
Outro motivo da revolta dos pensionistas, seria o décimo terceiro prometido pela deputada Pépétua Almeida e pela senadora Vanessa Grazziotin, mas no final o projeto foi vetado pela presidência da república, que alegou falta de recursos. Logo em seguida aprovou o aumento de 65% para os parlamentares.
Mobilizados, os ex-combatentes dos seringais, prometem se mobilizar e realizar uma série de protestos, contra o descaso das autoridades, que todos os anos colocam o projeto de equiparação em pauta, para em seguida esquecê-lo, dentro das gavetas do Congresso Nacional.
 A reportagem tentou contato com a deputada através de sua assessoria mas não conseguiu sucesso. A jornalista Angélica Paiva ficou de retornar a ligação, mas até a publicação desta reportagem não tinha mando um posicionamento de Perpétua Almeida



terça-feira, 2 de novembro de 2010

No domingo, Acre decide também sobre o fuso horário no estado


Olhem bem como fica não quero fazer pressão em nenhum indeciso no voto e também não vou escrever textos enormes e todas  aquelas coisa só vou dizer uma pequena coisa e muito legal. e muito bonito mesmo e no final do ano sabe aquele momento único da passagem do ano  o fim do velho e o nascimento de um novo, eu acho massa guando todos  da região sul, sul-deste ,centro-oeste, e assim aqueles longe do retardamento horarial , já estam pra la de bêbados com 2 a 3 horas  de muita festa e fogos o acre ainda conta os minutos  para  que possamos ver o sinal dos primeiros fogos isso e massa guando eles comessam a curti o nascer do dia com a mega-ressaca nos ainda estamos curti o breu da noite  atrás de cerveja em latinha  .. ai ai rsrsr que vida boa ai ai ai que vida boa ... só me faltara as terras acreanas caírem naquele clima daquela serie o LOST rsrs

Acreanos dizem 'não' ao atual fuso horário

BRASÍLIA - O fuso horário do Acre - que hoje é de uma hora a menos em relação ao horário oficial de Brasília - deverá ser alterado e voltar a ter duas horas de diferença. Em referendo feito no domingo, junto com o segundo turno, 56,8% dos eleitores responderam "não" à pergunta "Você é a favor da recente alteração de horário legal promovida no seu estado?".


Mas, para que o Acre volte ao horário que vigorou de 1913 a 2008, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá de enviar o resultado do referendo ao Congresso, para que um novo projeto de lei contemplando a decisão da maioria dos acreanos seja aprovado. Depois disso, o fuso adotado no estado no extremo oeste no Brasil terá, durante o horário de verão, três horas a menos em relação à hora de Brasília. Com isso, dificilmente outra eleição baterá o recorde atingido na divulgação do resultado neste segundo turno, quando às 20h04m o TSE anunciou a vitória de Dilma Rousseff.

O fuso do estado foi alterado em junho de 2008, após a aprovação do projeto de lei de autoria do senador Tião Viana (PT-AC), recém-eleito governador do estado. No ano passado, o deputado Flaviano Melo (PMDB-AC) apresentou um projeto de referendo para consultar a população sobre a mudança. Segundo ele, a alteração causou prejuízos ao estado. Marina Silva (PV), aliada de Viana no estado, declarou ter votado pela volta do horário antigo.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Fórum Nacional de Juventude Negra lança edital de concurso de pequenos projetos

O site do Projeto Casa Brasil divulgará oportunidades de editais externos para a participação das unidades. No dia 21 de março, o Fórum Nacional de Juventude Negra lançou um Fundo de Apoio para pequenos Projetos às Organizações Juvenis Negras. Saiba mais. O Fórum Nacional de Juventude Negra lança neste dia 21 de março, Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, o Fundo de Apoio para Pequenos Projetos às Organizações Juvenis Negras “Manuel Faustino dos Santos Lira”.




A iniciativa é parte de um conjunto de ações que compõe a Campanha Nacional contra o Extermínio da Juventude Negra e visa capilarizar suas ações através de apoio financeiro às organizações juvenis negras para que possam realizar atividades relacionadas aos temas da Campanha.


O Fundo objetiva apoiar pontualmente o desenvolvimento de atividades de organizações e grupos de juventude negra do Brasil, que tenham como diretriz o combate à violência contra a juventude negra, visando potencializar o debate sobre o tema e ampliar os espaços de disseminação das perspectivas da juventude negra frente a essa realidade.


O nome do Fundo é uma homenagem ao jovem negro soteropolitano Manuel Faustino dos Santos Lira, um dos heróis da Revolta dos Búzios no século XVIII, que foi executado aos 18 anos de idade, em 08 de novembro de 1799, condenado à morte por enforcamento, por integrar o grupo dos líderes da Revolução.


A Campanha Nacional contra o Extermínio da Juventude Negra se destina a propiciar um diálogo junto à sociedade sobre os efeitos históricos do racismo na qualidade de vida da juventude negra brasileira e a negação dos direitos humanos essenciais a essa juventude, culminando muitas vezes na morte programada de milhares de jovens negros e negras por todas as regiões do país, enfatizando nesse cenário as discussões sobre violência de gênero, intolerância religiosa e demais formas de discriminações correlatas.


A Campanha é uma realização do Fórum Nacional de Juventude Negra, em parceria com o Instituto Cultural Steve Biko e a ONG Enda Brasil, com apoio da Fundação Kellog.

domingo, 1 de agosto de 2010

ABSURDO RACISTA - Artista africano impedido de entrar no Brasil em 23/07/10

Boniface Ofogo Nkama (http://www.boniofog o.com/) nascido na
República dos Camarões e radicado na Espanha desde 1988, nosso
convidado para o Simpósio Internacional de Contadores de Histórias
(http://www.simposiodeconta/ dores.com. br) que acontecerá na próxima semana,
no Rio de Janeiro e em Ouro Preto, foi impedido de entrar no Brasil,
no aeroporto de Confins/BH, pela Polícia Federal que alegou falta de
visto, no dia 23/07/2010(sexta- feira),vindo de Madri em voo da TAP.

Ele havia estado com a Vice-Cônsul do Brasil em Madri, no dia 20/07,
com toda a documentação e foi informado que há pouco tempo foi
celebrado um acordo que dispensava o visto dos cidadãos camaroneses.
Confirmando o e-mail que eu havia recebido do setor de vistos do
Consulado do Brasil em Madri dizendo não haver necessidade, pois a
carta convite de intercambio cultural era suficiente para sua estada
no país, como turista, durante três meses.

Boniface embarcou sem problemas, mas ao chegar ao aeroporto de
Confins/MG a Policia Federal não permitiu sua entrada. Embora ele
tenha relatado toda a situação, mostrado os documentos, cartas,
e-mails, seus livros, o programa do Simpósio de Contadores. UMA
SITUAÇÃO HUMILHANTE E CONSTRANGEDORA.

Boniface me telefonou às 17 horas dizendo que às 19 horas seria
DEVOLVIDO a Madri. Imediatamente liguei para a Polícia Federal do
aeroporto de Confins perguntando o que poderíamos fazer. E eles me
disseram que nada.

Recorremos ao serviço de imigração e o Ministério das Relações
Exteriores enviou uma permissão para a entrada no país.

A Polícia Federal alega que a permissão chegou as 19h31 e o voo já
havia partido as 19 horas. E novamente me disse que não se podia fazer
mais nada.

ESSA ATITUDE É INACEITÁVEL. Boniface é um artista reconhecido
internacionalmente e que já esteve em 18 países sem nenhum problema,
inclusive no Brasil, em dois simpósios anteriores, e foi um dos
protagonistas do documentário Histórias que gravamos aqui em 2005.

Estou envergonhada e preciso tomar uma atitude, pois tenho certeza
que houve PRECONCEITO COM UM AFRICANO, POR SER NEGRO E ARTISTA.

Boniface é um artista excepcional, um contador de histórias, um
intelectual, um mediador intercultural, um escritor. Vinha para o
Brasil para estrear no Simpósio o documentário En Memória uma
homenagem a seu pai, recentemente falecido.Ele é da etnia yambasa onde
seu pai era rei e o detentor da palavra, um mestre da cultura
popular.E Boniface por tradição agora representa na sua etnia o que
foi seu pai.

Nossa primeira ação foi entregar para um advogado todos os documentos
pedindo que Boniface seja trazido ao Brasil para o evento com todo o
respeito e dignidade que merece. E com um pedido de desculpas do
governo brasileiro.


A situação é lamentável nesse momento em que o Presidente Lula acaba
de voltar da Africa para acordos de cooperação com esse continente que
é o berço da humanidade.

E imaginem o que pode acontecer na Copa do Mundo de 2014 e nas
Olimpíadas de 2016 se as informações dos consulados do Brasil no
exterior divergem das que existem no nosso país.

Peço a todos que nos apoiem enviando este email para sua rede de
amigos e para todas as instituições públicas e privadas, nacionais e
internacionais, que conheçam. E repliquem esse e-mail nos seus blogs e
nas redes sociais.

terça-feira, 30 de março de 2010

O PAPEL DO PARTIDO NA LUTA PELO FIM DO PRECONCEITO E DA DISCRIMINAÇÃO


Costumo por força do hábito de leitura, ir lendo e verificando o método de construção da persuasão e da exposição dos motivos contidos em um texto. Isso torna a leitura mais crítica, e no meu caso, prende-me mais ao texto. E no caso especial dos textos escritos pelos camaradas, percebo um modo quase que único dessa construção, que se baseia resumidamente na exposição da conjuntura, do isolamento do caso em si, da análise profunda das contradições, passando pelo direcionamento das proposições levantadas, resumidamente: gênese do problema, conseqüências dos problemas e ações para solucioná-lo.

O que me inquieta nesse processo, é não perceber esse processo em um todo quando se levanta questões como escravismo, população negra, preconceito e discriminação.

Penso claramente, e sem nenhum tipo de arrodeio que precisamos primeiro superar o racismo no Brasil, para depois superar o sistema.

Independente do sistema onde estaremos inseridos, a exclusão social, causada primeiro pelo racismo quinhentista ao qual estamos submetidos, sempre será fator de invisibilismo da população negra de nosso país. É uma questão simples de se ver, seja no partido como quadros, como dirigentes e como ação de política prioritária. Somos mais de 47% da população brasileira e deveríamos sim estar em evidência pelo que produzimos seja de conteúdo material ou científico.

Quero que fique bem evidente que de nenhuma forma quero deixar sob suspeita, ou de forma subliminar aqui, que o partido negligencia esse tema. Muito pelo contrário, nossa participação na UNEGRO e o apoio em nossas lutas históricas contra a discriminação não me deixam nenhuma dúvida sobre isso. O que me preocupa é o método aplicado ao tema dentro do debate do congresso em si. Precisamos nos aprofundar e deixar claro a sociedade as nossas ações contra um sistema que deixa 30% de brasileiros morando em favelas, e dessa população, mais de 80% é formado por negros e negras excluídos do sistema. E lá que reside o problema de ausência de creche ou de qualquer assistência ás mães, em sua maioria negra, que não tem onde deixar seus filhos e por isso não trabalham (remuneradamente). Ao tratarmos o tema mulheres, é prejudicial trabalharmos de forma genérica, visto que temos dados que nos apontam que onde o problema é mais grave, onde o desemprego, o desamparo e a violência atacam com mais freqüência, é entre as mulheres negras. Isso me intriga: se temos dados de prioridades, porque teimamos logo nós, em tratarmos a coisa de maneira genérica?

Senão vejamos o caso da juventude; há muito tempo, em encontros diversos, as entidades do movimento negro denunciam o genocídio da população jovem negra do Brasil. Temos dados do próprio governo federal, das secretarias de segurança dos Estados, e isso já tema recorrente nos debates de segurança pública realizados pelos estudiosos do assunto. Sendo assim, como o debate genérico de juventude vai nos apontar uma solução prática para a nossa juventude principalmente nos setores produtivos e na academia? se perdemos aqui a chance de afirmar de maneira explícita e clara que apoiamos as políticas de cotas? Ou temos outra forma de corrigir e reparar a forma mais repulsiva do capitalismo que foi escravismo e suas conseqüências?

Cabe o tema escravismo tratado em nosso documento, o mesmo método também aplicado aos outros, onde a constatação leva a uma série de intervenções que apontam soluções. Primeiro é preciso deixar bem (claro?) que a abolição é obra dos próprios escravos em uma mobilização que já começa em 1549, onde relatos já tratam da existência dos primeiros quilombos, ou seja, a resistência estava e sempre esteve em nosso sangue. Outro fator que precisa ser lembrado, é que a abolição, aconteceu em embate político e intelectual, onde as séries de vitorias legais, dentro dos tribunais brasileiros de caráter europeu evidenciam a vitória intelectual negra nesse processo legal, e por que não dizer democrático? Visto que foi possibilitado o debate? Esse devir de quantidade e qualidade, impulsionou o processo abolicionista.

É impossível imaginar o sistema político, e até mesmo educacional brasileiro, exaltar uma vitória intelectual dessa população imensa onde qualquer dose de auto-estima poderia estimular uma propulsão de consciência política e social na época. Não seria possível estimular um outro Haiti.

Penso que tratamos os negros como meros espectadores de sua liberdade, o que é um ato histórico falho dos livros didáticos. Precisamos nos aprofundar e revisitar temas espinhosos como esse, mas que precisam de ousadia e vanguarda para serem tratados como devem ser. Daí me vem uma idéia de um partido pronto pra esse desafio: O Partido Comunista do Brasil.

  • Presidente cernegro/unegro acre
  • Coord. executivo Rede Amazônia Negra
  • Coord. CARMAA/AC

Divisão Prom. Igual. Racial / SEJUDH/AC


(Este artigo foi escrito para contribuir no processo de construção do 12# congresso do PC do B)

segunda-feira, 22 de março de 2010

OXALUFAN / OXOLUFAN / OSOLUFAN

OXALUFÃ

Oxalufã é o princípio da criação, o vazio, o branco, a luz, o espaço onde tudo pode ser criado, e também a paz, a harmonia, a sabedoria que vem depois do conflito (Oxaguiã). O fim do círculo e o recomeço. Oxalufã é o compasso da terra, Oduduwá. Caminha apoiado em seu cajado cerimonial, que é também o símbolo da ligação que ele estabeleceu entre o Orun (céu) e o Ayê (terra). O grande pai ioruba, considerado a bondade masculina.

São muitos os mitos que falam de Oxalá, mas o mais conhecido nos candomblés é o que conta que Oxalá sentia muitas saudades de seu filho Xangô, e resolveu visitá-lo. Para saber se a longa viagem lhe seria propícia, foi consultar Orunmilá, o deus adivinho, seu grande amigo. Este jogou os ikins (casca de caroços de dendezeiro) divinatórios e lhe disse que a viagem não se encontrava sob bons auspícios. E que se ele desejasse que tudo corresse bem deveria se vestir inteiramente de branco e não sujar suas roupas até chegar ao palácio, devendo também manter silêncio absoluto até o momento em que encontrasse seu filho. E assim fez Oxalá.

Esú, contudo, que adorava atormentar Oxalá, disfarçou-se de mendigo e apareceu no caminho deste, pedindo a ajuda para levantar um pesado saco de carvão que se encontrava no chão. Sem poder responder nada e sendo piedoso, Oxalá levanta o saco de carvão para Esú, mas estando este saco com o fundo rasgado, abre-se e cai sobre Oxalá sujando a roupa branca. Esú ri loucamente e se vai.

Prevenido como sempre fora, Oxalá toma banho num rio e veste roupas brancas novamente. E segue seu caminho. Novamente Esú se disfarça e pede ajuda ao viajante, dessa vez para entornar um barril de óleo num tacho. Sem poder responder para explicar e tendo boa vontade em ajudar, Oxalá levanta o barril e Esú o derrama sobre suas roupas, que desta vez não podiam mais ser trocadas, pois eram as últimas roupas limpas que Oxalá tinha para trocar.

Sujo e cansado, Oxalá vai seguindo seu caminho quando vê o exército de Xangô se aproximar dele, sinal de que estava bem perto de seu destino. Este, contudo, prende Oxalá, confundindo-o com um procurado ladrão. Como não podia falar, Oxalá nada diz e acaba jogado numa prisão durante sete anos.

Neste meio tempo o reino de Xangô entra em decadência: suas terras não mais produzem alimentos, os animais morrem e o povo fica doente. Desesperado Xangô chama um babalaô que ao jogar o ikin lhe diz que todo o mal do reino advém do fato de haver injustiça na terra do senhor da justiça.

Xangô vai então averiguar pessoalmente todos os presos do seu reino e descobre Oxalá pai na prisão. Desolado, coloca o velho pai sobre suas próprias costas e o carrega para o palácio, onde se encarrega de banha-lo e vesti-lo com suas alvas roupas, realizando a seguir uma grande festa. A cerimônia do candomblé chamada “Águas de Oxalá” rememora este episódio.

quinta-feira, 18 de março de 2010

PRA QUE SERVE A U.J.S MESMO??



Já me fizeram essa pergunta algumas vezes, e o interessante é que em todas as vezes eu respondi de forma diferenciada. Daí eu percebí o quanto essa UJS é plural mesmo; senão vejamos: Ela serve prá lutar contra aumento de passagens urbanas, organiza a juventude pro primeiro voto, informa o que é e como funciona o ProUni, debate a juventude negra, debate juventude indígena, faz o debate da minoria e da diversidade, opina no movimento social, faz cultura popular em bloco de carnaval e festas juninas, entre outra mil coisas nesse Brasil afora.
Será que essa UJS dá conta de tudo isso a que se propõe?
Mas foi daí que eu percebí o mais importante; a UJS só faz UMA coisa pessoal. ela INCLUI o jovem exatamente no seu campo de atuação, em sua zona segura, para daí ele tomar as iniciativas e buscar, através do convívio plural que lhe é proporcionado, militar num país e num mundo plural. Plural e eclético como é o mundo da juventude.
Ah, e ainda bem que a UJS faz muitas coisas, e entre elas nos ajudar a distribuir mais de 7 toneladas de alimentos em nosso Estado.
Valeu moçada, obrigado UJS`s.



materia postada pelo camarada josé de arimateia

quarta-feira, 17 de março de 2010

minhas frases

A liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo.,



Como dizia o poeta
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não
Vinícius de Moraes





Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudades, mas não estará só.
Amir Klink





A liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo.
Fernando Pessoa





Saudade

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

15º Congresso da UJS será em Salvador

A Comissão Diretora da UJS deu o parecer, após análise do plano apresentado e de infraestrutura e apoios já consolidados, e o 15º Congresso Nacional da UJS acontecerá na cidade de Salvador (BA), em junho de 2010. A UJS abriu inscrições para que cidades interessadas em sediar o evento apresentassem seus planos. Na última Plenária Nacional, Rio de Janeiro e Salvador apresentaram os projetos de suas candidaturas e a decisão foi delegada à diretoria executiva da UJS, que encaminhou a proposta para referendo da Comissão Diretora. Em virtude do comprometimento apresentado, a mesma reunião aprovou a proposta de indicar, no 15º Congresso da UJS, que o próximo se realize na cidade do Rio de Janeiro.

"O que notamos é que o envolvimento das direções estaduais da UJS, a vontade política de sediar o evento era idêntica e muito positiva em ambas as candidaturas. A opção por Salvador não é em detrimento do Rio, mas porque lá já conseguimos mobilizar algumas garantias materiais importantes para um evento desse tipo", alega Anderson de Souza, diretor de Finanças da UJS.

O espaço do Centro de Convenções, o mesmo onde foi realizado o Congresso que reconstruiu a UNE e que fica localizado na orla de Salvador, já está reservado. Os alojamentos também estão garantidos.
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